Faz pouco mais de três anos que não uso
este espaço para me comunicar. Ou, como a Ninna gostava de falar:
desnudar a minha alma. (Rsrs). E, pasmem!, já tem quase 10 anos que este Blog
está no ar, carregando consigo uma parte da minha confusa essência.
Quando criei o Mundo Ninna, havia
acabado de passar por uma decepção pseudo-amorosa. Tal decepção eu atrevi a chamar
de "a primeira e maior decepção amorosa da minha vida". Bom, isso foi
há nove anos, eu tinha 17, estava no final do ensino médio e tudo o que sabia
sobre mim era que eu queria ser uma grande escritora e mudar o mundo com minha
escrita.
De lá para cá muita coisa mudou! Muita
coisa mesmo! Muita. Coisa. Mudou. Inclusive eu. Sem deixar de lado a minha
essência livre, romântica, idealizadora e crítica. Alguns pontos de vista não
são mais como antes. Mas, continuo defendendo o que acredito. Só que agora, com
uma auto-permissão maior de mudar de opinião.
Os fracassos no campo amoroso sempre
foram um dos principais temas deste Blog. E, de longe, não puderam expressar o que
senti quando realmente passei por uma decepção verdadeira, amorosa em todos os
sentidos.
Outro ponto que eu tentava, em vão, dizer
aqui era o que é o amor. E, sabe? Sinceramente, não sei! Mas, sinto ele desde
que nasci, vindo de uma família amorosa e cuidadosa. Senti ele se multiplicar e
criar novas formas quando conheci minha irmãzinha. E (finalmente!) sinto ele a
cada segundo ao lado de uma pessoa incrivelmente humana, que me ama, me aceita
e quer estar ao meu lado.
De tudo o que havia idealizado de amor,
lido em literaturas clássicas e romances best-sellers, visto nos filmes
ou ouvido nas músicas... havia esquecido
de olhar para dentro de mim. E foi somente neste momento que pude deixar
de me preocupar com o significado e passei a senti-lo intensamente.
Talvez eu escreva uma crônica de como
foi conhecer o Guilherme, porque realmente esse fato merece um texto maior.
Porém, o mais engraçado é que tudo aconteceu tão diferente de como eu havia
imaginado que deveria acontecer. E, para meu espanto, foi tão bom que deu muito
certo!
Outro tema que sempre permeava este
espaço era o da ansiedade e como eu lidava com meu emocional. Pois bem! Neste
campo, algumas coisas mudaram, mas as paranoias de Larissa continuam. Dignas de
textos e mais textos, auto-análises e verborragia sem fim.
Meus sonhos? Creio que até aqui realizei grande parte daqueles que aquela garotinha de 17 anos carregava dentro
de si. Não exatamente como sonhei, mas como tinha que acontecer. Saí da casa
dos meus pais, sou jornalista, escrever é minha profissão (mas, não sou
escritora!), moro sozinha (as vezes nem tanto), tenho uma gata, um namorado e, de vez em quando, tomo um vinho na minha sacada vendo o pôr-do-sol num final de semana tedioso.
Após oito anos de Ninna Meminger, a
junção de todas as larissas que habitavam aquela garotinha de 17 anos, volto
aqui para dizer que mudei e continuo igual. E que, talvez, eu volte aqui mais
vezes para ter mais momentos como este: onde desligo a Larissa-adulta-estressada-profissional
e resgato a Ninna Meminger, aquela garotinha de 17 anos cheia de dúvidas, medos,
incertezas e que não tinha medo de escrever. Sabia brincar com as palavras e
adorava o resultado!
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