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Emanemo-nos amor!



 Dando uma pincelada rápida pelas milhares de matérias para a segunda fase, minha maior ênfase está sendo na área de humanas (que tem peso dois para mim). E o que mais tem me intrigado é a minha relação "amor e ódio" com a história.

 Sempre fui apaixonada por essa matéria, mas estudá-la sozinha está sendo um grande desafio para mim. A questão que mais tem me intrigado, porém, é o conteúdo como um todo.
 A história da humanidade é marcada, basicamente (e quando eu digo basicamente é muito basicamente MESMO) por guerras, crises econômicas, dominação, conflitos de interesses dos mais ricos contra os mais pobres, revoltas, massacres, fome, pestes e desarmonia.
 Na Antiguidade, guerras para conquistas de territórios; dominação de povos sobre outros povos, escravidão, devastação e expansões. Idade Média, feudalismo. Guerras santas; mais devastação. Renascimento, iluminismo, descobrimento das Américas, era das independências e revoluções, século XIX, imperialismo, nazifacismo, período das Grandes Guerras (e o período entre elas que contou com surgimento do Socialismo utópico e científico, Revolução Russa, Crise de 29), Guerra Fria, revoluções na Ásia (China, Coreia, África, Vietnã e outros) e revoluções na América Latina. Até chegarmos aos dias de hoje, sem nos esquecermos dos conflitos no Oriente Médio que perduram a séculos.
 Todo esse parágrafo percorrendo uma linha do tempo resumida serviu para nos mostrar o quanto os conflitos foram importantes para a história da humanidade. Entretanto, serviu também como demonstração de que o bicho homem, mais racional de todos os animais, com cérebro desenvolvido e polegar opositor, em questões de convivência caminha na contra-mão de sua evolução política, econômica e cultural.
 Desta vez a dissertação em questão é mais um dos desabafos esgotados da escritora aqui, mostrando-lhes o quanto me entristece a alma ver que os seres humanos que tanto buscaram e buscam o domínio do conhecimento se esquecem de uma coisa simples chamada amor.
 De que vale dominar todas as ciências e ter conhecimento dos segredos do universo, se o amor não sustenta a nossa vida? De que vale tanta evolução e inventos, se não conseguimos partilhar o pão de cada dia? Para quê provar qual pensador estava mais certo ou qual é a melhor teoria política, se não somos capazes de acabar com o frio daqueles que morrem às mínguas nas ruas nos invernos rigorosos? De que vale os discursos mais bem elaborados, com uma retórica riquíssima e um poder de persuasão ímpar, se as palavras não são usadas nunca para confortar os corações daqueles que necessitam de conforto e esperança em suas vidas?
 Enfim, se eu for listar todas as dúvidas com relação a isso que já tive na minha vida, duas coisas acontecerão: 1) O texto ficará colossal, cansativo e ninguém vai terminá-lo, 2) Vou entrar em pane de tanto questionar a mesquinhez humana diante das fraquezas e necessidades alheias.
 O mundo necessita de mais altruísmo e menos teorias. Necessita de mais mãos na massa e menos palavras persuasivas jogadas ao vento. O velho jargão "Mais amor, por favor" não deve ser um mero clichê criticado por todos. Deve ser colocado em prática! Deve ser colocado em prática logo, para ontem, já! Antes que sucumbiremos e acabaremos vítimas dos frutos podres de tanta ganância, mesquinhez e ódio.
 Há esperança! Há a luz no fim do túnel, é só colocar a mão na massa logo. Antes que seja tarde demais.
 "Nesse nosso desbravar, emanemo-nos amor até quando suceder de silenciar o que nos trouxe até aqui!" - O Teatro Mágico.

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