Sabe quando você se cansa de todos os dedos apontados para você? Quando você se cansa de lhe rotularem, julgarem e olharem torto para suas decisões? Sabe quando você se cansa de apontar o dedo para as pessoas, julgá-las, rotulá-las e colocá-las sempre num patamar abaixo?
Pois é. Devido a essa série de cansaços e tantos outros é que larguei mão de algumas coisas e uma delas foi o fanatismo religioso, a necessidade de ir a grupos de jovens e demais encontros. Porque toda vez que eu ia a esses lugares havia pessoas que me olhavam torto pelo tamanho da minha roupa ou pelo modo como falo (com diversos palavrões no meio das frases) ou pela forma como penso. E porque, também, vivendo nesse ambiente aprendi a julgar mais as pessoas e tratá-las como era tratada: olhando torto para o diferente, evitando o "estranho" e pré-julgando os gostos alheios.
Mas, deixei de conhecer muita gente legal e boa, e deixei de vivenciar muitas experiências por conta desses meus pensamentos antigos. Só que, como tudo na vida, chega uma hora que algum estalo lhe acorda e você se dá conta que pode "pensar no que pensa" e deixar de julgar, rotular, desprezar, etc. Você se dá conta que também não quer mais isso e simplesmente abre mão.
Que fique claro que não deixei de acreditar no Deus que sempre acreditei nem de professar minha fé (que sempre foi um ponto forte em mim), mas alguns hábitos tiveram que ser repensados por mim. Aquele exercício do "peraí, no que estou pensando? isso é realmente saudável e significa amar/respeitar mesmo?".
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