Hoje não vou falar de desamores ou escrever metalinguagens apaixonantes sobre o meu amor pela escrita e seus benefícios, embora isto por si só já seja uma metalinguagem. Hoje falarei da FELICIDADE, algo tão discutido nos dias atuais e tão clichê, mas que eu estou olhando através de outro ângulo.
Já idealizei muitas formas de felicidade: no amor, na carreira, na família que quero construir, com coisas materiais, etc. Mas eu sempre me esqueci de vivê-la nos pequenos momentos do meu dia a dia. Eu sempre negligenciei vivenciá-la, por exemplo, naquela xícara de café quentinho que se toma quando suas forças estão se acabando; ou naquele doce que um amigo te dá quando você está de TPM; ou, mais simples e menos materialista ainda, no canto daquele passarinho que se ouve da janela do seu quarto numa tarde quente de Outubro.
Sim, meus amores. De uma maneira bem romântica e quase que bucólica (com canto de pássaro) eu descobri a minha. Ela que sempre esteve aqui dentro de mim, pronta para ser descoberta, mas tímida e quieta. A felicidade que sempre sonhei alcançar em algum dia da minha vida deveria ter sido encontrada aqui há muito tempo e, talvez, evitaria muitas crises. Mas, é vivendo que se aprende.
Foi vivenciando dias de procura cega, de buscas incansáveis e sem sentido que, talvez por ter amadurecido ou talvez de tanto "bater a cabeça", entendi, finalmente, que felicidade é questão de ser e não ter. Que pode-se SER feliz apesar dos problema e, assim, encará-los de forma mais leve e menos penosa. Que ser feliz na alegria é redundância, mas o diferencial é permanecer feliz nos momentos de crise.
Óbvio que somos todos inteligentes e sabemos que ser feliz não significa necessariamente estar com um sorriso enorme estampado no rosto o tempo todo. Se perdemos alguém que amamos para a morte, é um fato triste e superá-lo de forma mais leve faz parte de lembrar que a felicidade vive dentro de nós, apesar dos pesares.
A partir de tudo isso, tomei como "filosofia" de vida três palavras para nunca perder de vista a felicidade encontrada aqui dentro: aceitar-se, amar-se e não importar-se. "Aceitar-se", porque quando eu era menor todos zombavam muito da minha aparência e dos meus gostos (musicais, literários, etc). Não digo que sofri bulliyng, mas era algo que realmente me incomodou bastante e me deixava muito insegura. "Amar-se", porque se eu espero que os outros me amem, tenho que ser a primeira a fazer isso. E por fim, mas não menos importante, "não importar-se". A partir do momento em que você se ama e se aceita, todo o resto passa a ser RESTO. O que dizem de você não deve mais ditar quem você deverá ser.
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