Quem acompanha o Blogue e me conhece (seja pessoalmente ou nas redes sociais) sabe muito bem que serei jornalista e que antes disso, fiz três semestres de Direito. Pois bem, a grande dúvida é: "Afinal, porque desistir do Direito?
Porque trocar um futuro promissor na área jurídica por um futuro incerto e instável na área da comunicação?"
Há tempos que venho criando forças e ensaiando para escrever o texto em questão, mas só hoje decidi colocar os dedinhos para trabalhar. E qual a melhor forma de fazer isso senão listando os motivos da minha desistência? Rsrs.
1) Vocação: Eis a palavra que sempre me atormentou! Porque eu vivia numa angústia imensa para descobrir algo que sempre esteve estampado sob meus olhos: falar, comunicar, anunciar, relatar, investigar e escrever. Daí de eu ter tentado os três semestres no Direito, ter crises existenciais todas as vezes que me perguntavam qual área do Direito eu queria seguir e não saber responder. Afinal, lá no fundo eu sabia que eu queria estar nas ruas coletando informações, entrevistando pessoas ou num estúdio editando e criando matérias.
2) Incompatibilidade de pensamento: Como eu poderia trabalhar numa área sendo que eu não concordava com o que ela propunha? Nossa sociedade evoluiu muito e, infelizmente, as leis brasileiras pararam no tempo. A Constituição, cabeça de todas as leis, é de 1988. O Código Penal é de 1940. Portanto, são MUITAS leis e fundamentadas numa sociedade que não existe mais: o Brasil dos anos 40 ou o Brasil dos anos 80, pós ditadura. De lá para cá MUITA coisa mudou.
3) Dúvida: "E se eu não tentar o jornalismo?" : Essa dúvida, em particular, é que me tirava o sono. Eu ficava pensando todos os dias que se eu não desse uma chance para o jornalismo, não estaria me permitindo procurar a felicidade. E se eu não tentasse, viveria amargurada. Mas se eu tentasse e não conseguisse, ao menos eu poderia olhar para trás e ver que dei o primeiro passo.
4) Inquietação: Eu não me imaginava sentada atrás de uma mesa, presa em um escritório, com uma pilha de papéis e livros à minha frente o dia todo fazendo sempre as mesmas coisas. Gosto de coisas dinâmicas, que posso usar a criatividade, me expressar e que sempre fuja da rotina.
5) Amor de infância: Sim, o jornalismo foi meu primeiro amor! Comecei a ler muito cedo e, por consequência, escrever também. Adorava escrever minha opinião sobre fatos que passavam na tevê, sobre trechos de novelas, sobre a roupa de certos artistas e tinha uma fascinação pela Fátima Bernardes naquela bancada falando a tão famosa saudação: "Boa noite". Não podia mais viver sem aquilo!
Resumidamente, esses cinco tópicos são as explicações plausíveis para eu ter deixado o Direito, voltado pro cursinho e estar perdendo o sono enquanto aguardo as chamadas da Unesp para o curso de Jornalismo. Se até aqui o Senhor me conduziu, tenho certeza que sua providencia não me faltará nas próximas semanas!
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