Das coisas que vivi e aprendi, a que mais tem se destacado é a seguinte: coração não é panfleto de rua para distribuir ao primeiro estranho que aparece sorrindo. Infelizmente, ainda teimo em praticar isso.
Uma coisa que pouco entendo é porque os homens são tão relapsos e insensíveis aos toques, e as mulheres tão frágeis e sensíveis. Um beijo numa balada pode não significar nada para ambos. Mas um beijo numa noite de lua cheia, numa praça repleta de casais - por exemplo - pode significar muito para uma mulher.
Porém, para mantermos a política da "boa vizinhança" é necessário que a mulher esqueça tudo o que foi vivido tão intensamente num estalar de dedos. Porque o sexo oposto é tão imaturo e indeciso a ponto de amar num dia e 12 horas depois "querer só amizade, claro".
É estranho chegar à essa conclusão, mas é a verdade: para se obter êxito em qualquer relacionamento na vida, é necessário aprender a se respeitar primeiro e conhecer suas fragilidades. Esse papinho egocentrista de amor próprio é balela e enganação porque (vamos ser sinceros, né?) amor NUNCA é próprio!
Até onde eu me lembro, minha única vibe agora é a busca pelo Jornalismo e toda a felicidade que tal realização pode me trazer. E, tomando nota novamente, os homens estão dispensados da minha vida para envolvimentos maiores. Só é preciso repetir isso a mim mesma todos os dias!
Afinal, não quero mais os miligramas de antidepressivos me ajudando a dormir e fazendo-me esquecer o quanto minhas escolhas amorosas fracassaram por culpa minha.
Não sendo hipócrita ao ponto de afirmar em caixa alta que jamais irei me envolver com alguém novamente, confesso que tenho uma alma poeta e esta, por sua vez, não nasceu para vagar solitária por aí apenas escrevendo rimas de amores mau correspondidos.
Essa alma delicada sabe que a solidão não é sua sina, mas sabe também que estar junto não significa somente estar junto fisicamente. Faz-se necessário que as duas almas caminhem numa mesma direção e estejam buscando ser uma só.
Por fim, não é possível me manter inabalável tendo em mim uma essência tão sensível e poeta. É preciso, sim, dizer que dói cada vez que alguém diz adeus tão rapidamente. Mas é mais necessário ainda levantar-me e prosseguir... até que um outro coração tão sensível se encontre ao meu e ambas as almas poetas possam se completar e aquietar.
Talvez amar seja assim: errar até que o acerto chegue para que, ao olhar para trás, tenho a certeza de que valeu a pena cada lágrima derramada até ali.
:)
Comentários