O interlocutor a quem o meu texto é designado saberá, caso leia o mesmo. Se não, fica um mistério no ar da Ninna para vocês. Infantilidade? Sim, pode ser. Mas pode ser também a ânsia de um coração que anda querendo gritar os próximos parágrafos aos quatro cantos deste mundo para quem quiser ouvir e não pode por ser antiético, imoral e patético.
É o seguinte, ele chegou em minha vida num momento de profunda carência trazendo em sua bagagem todos os pré-requisitos para ser o meu tão esperado "namorado perfeito". Ele até é da igreja e tudo o mais. E depois da nossa primeira conversa mais longa enchi-me de uma certeza sólida (como uma gelatina) de que ele seria o felizardo. Mas, a gelatina derreteu e a incerteza foi pro ralo meses depois.
Nosso primeiro, último e (quem sabe?) único encontro foi estranho porque eu mais conversei e me abri do que "parti pro ataque". Era mágico ter alguém assim como um bom amigo e seria confortável fazê-lo meu namorado. Mas a afirmação que ele fazia questão de deixar bem claro: não quero nada sério com ninguém agora. Ok, entrei nessa conversa também, afinal, se revelasse meus sonhos e desejos no primeiro encontro ele sairia correndo assustado com o tamanho das possibilidades de compromisso sério.
Semanas se passaram e ficamos só nos SMS, mas eu aguardava um "algo a mais". O que era esse algo a mais? Pergunto-me com clareza até hoje. Sei lá! Uma ligação, um convite para sairmos de novo, um reencontro inesperado... Não sei. Qualquer coisa, menos o silêncio constante e agonizante. A mesmice do "Oi, como vai?".
Ah, claro que não poderia me esquecer da proposta indecorosa e odiada: continuaremos a ser amigos. Pergunto-me: por que? Sendo que só se aproximou de mim com segundas intenções, saímos, não quis mais nada, se foi e... Amizade, meu jovem? Tem certeza? Francamente, a visão de amigo dele é bem alheia à minha.
É de causar revolta, não é? Mais revoltante ainda é ver estampado nos feeds de notícias das redes sociais dele a felicidade transbordando com sua namorada. É muita ironia para um alguém que não queria nem ouvir falar da palavra namoro e ainda quer se manter próximo, amigo. Como se preocupar-se comigo e demonstrar interesse pela minha vida e por minhas mudanças fosse sanar a inconsequência disso tudo. Não, não irá!
Explico-me, portanto: querido, eu mudei sim e mudo cada vez que alguém passa em minha vida. Algumas vezes, torno-me melhor em algumas coisas porque aquela pessoa ensinou-me mudanças positivas; outras vezes, porém, torno-me mais fria e rude porque...Ora, porque o tombo foi bem grande e seguir em frente com a cabeça erguida não é uma escolha, e sim uma obrigação. Portanto, sim eu mudei! Seja para melhor, seja para pior.
Agora, sugiro que ele siga o caminho dele sem mim DE VERDADE. Por favor, sem "amiguinhos", preocupações e querer saber demais. Porque a oportunidade lhe foi dada, mas não soube aproveitá-la. Agora não faz mais sentido mantermos esse clima de convivência forçada no ar e essa preocupação falsa e dissimulada. Não preciso disso. Precisei do abraço, do carinho e do namorado. O amigo "pós-rolo-casual" eu dispenso, porque é desnecessário e mentiroso. Que seja feliz com ela, mas não me culpe se um dia não me achar mais em sua lista de contatos e nas rodas de amigos em comum porque não suportei mais vê-los juntos. Mas, que ele seja feliz com ela afinal.
Quanto a mim? Ficarei bem como estou, progredindo no que escolhi para mim: a carreira. Pois esta, como disse Lady Gaga, nunca vai acordar de manhã e dizer que não me quer mais.
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