Adeus
Preciso partir!
Na ânsia de te querer
Eu me esqueci
Que te querer, só,
O cheiro, o gosto
Os gestos, o olhar
Tudo ainda está em mim
Como se a última vez
Fosse ontem.
Como se o prometido
Permaneceria até o fim!
Foi bom enquanto durou?
Foi! E como foi bom
Mas, aos olhos insensatos
Do meu coração
O fim parecia um horizonte
Inalcançável
Longínquo
Inacessível
Porém, por vezes
Inquietante
E preocupante.
Dizem que o que começa rápido
Termina num piscar de olhos.
Eu acreditava nisso,
Hoje creio que o que há de ser
Será. E renascerá ou se refará
Se ajeitará. Re-acontecerá
De novo. E outra vez.
E outra. E outra.
Mas, o que não for para ser
Morrerá.
Na angústia por temer a solidão
Esqueci-me de mim, dos sonhos
Das vontades e das vaidades.
Não me arrependo por ter começado
Nem me arrependo por ter deixado ir
Porque, na vida, é assim
Se for verdadeiro, é verdadeiro.
Isso basta por si só!
Pode passar dois meses
Ou oito anos.
Se for verdadeiro,
Re-acontecerá!
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Re-acontecerá!