Sou comum, uma garota comum.
Sorridente, mas de humor imprevisível
Não me descreveria com tal empenho
Porque fazê-lo seria inútil
Mas a alma de um poeta é inquieta
E não para até que todos tenham sentido
O que traz em sua essência.
Nesse mundo barulhento
O que silencia o coração
E acalenta a alma é a poesia.
Posso sentir a inquietude
De mentes barulhentas
Perturbadas, doentes e vazias.
O ponto de equilíbrio é, certamente, a poesia.
Porque o escrever é como um esvaziar da alma
Que transborda receios, medos e incertezas
Inseguranças, angústias e contradições.
Daí nasce a alma de um poeta
Da não incompreensão do mundo
Do não acomodar-se com o que incomoda
Do esvaziar-se, do expandir-se
Do remediar dores e curar desamores
Do entregar-se e dissipar-se.
Do nascer, renascer e conceber.
Assim nasceu esta alma
Questionadora, simples,
Absoluta e sensível
Como tantas outras mil.
Com pensamentos inquietantes,
Mente conturbada,
Desejos ardentes,
Medo.
De sentimentos extremos,
Sonhos longínquos
E coração sensível.
Uma alma delicada e forte
Um rosto de menina,
Uma alma de mulher.
Como uma delicada
E macia seda
De mais alta qualidade!
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